Apesar de autorizadas a regressar à preparação, as velejadoras moçambicanas apuradas para os Jogos Olímpicos de Tóquio – remarcados para 2021 – Deisy Nhaquile, Denise Parruque e Maria Machava não poderão ainda treinar-se na máxima força, devido às medidas de restrição decorrentes da pandemia do novo coronavírus.
Por: rEDACÇÃO
Quem assim o diz é o presidente da Federação Moçambicana de Vela e Canoagem, Hélio Da Rosa, que avança que, devido ao encerramento de fronteiras em quase todo o mundo, as atletas ficaram igualmente privadas de treinar com embarcações adequadas e com um técnico estrangeiro.
De acordo com o dirigente, a partir do momento em que as atletas garantiram a presença nos Jogos Olímpicos, as exigências a nível de treinamento também aumentaram. A título de exemplo, explica que os barcos que as atletas dispõem, em Maputo, têm 50 centímetros a menos do que os necessários, não sendo por isso olímpicos.
“As embarcações olímpicas têm 470 centímetros, contrariamente às de 420 que temos à nossa disposição”, diz Da Rosa, que apenas se queixa do facto de as fronteiras estarem actualmente fechadas, um facto que impossibilita a importação de barcos ideais.

“Tínhamos as negociações avançadas com uma instituição sul-africana, na qual pretendíamos adquirir dois barcos olímpicos. Mas devido ao fecho das fronteiras, tanto lá como cá, decidimos suspender as negociações”, explica a fonte, acrescentando que assim que a situação pandémica normalizar-se, a Federação Moçambicana de Vela e Canoagem terá duas embarcações novas.
Ainda no quadro das limitações, Hélio Da Rosa faz saber que, ainda decorrente do encerramento de fronteiras, o organismo que dirige viu-se igualmente na impossibilidade de assegurar a vinda de um treinador português para monitorar a preparação, em solo pátrio, das atletas apuradas aos Jogos Olímpicos.
Refira-se que Denise Parruque e Maria Machava beneficiaram, recentemente, de bolsas olímpicas, no valor de 750 dólares norte-americanos por mês para cada uma, atribuídas pelo COM-Comité Olímpico de Moçambique.

Beneficiou igualmente de uma bolsa olímpica a pugilista nacional Alcinda Panguana, igualmente apurada para o maior festival desportivo do mundo.
Pago de quatro em quatro meses, o valor serve para custear as despesas de preparação das atletas até aos Jogos Olímpicos de Tóquio, remarcados para entre 23 de Julho e 08 de Agosto de 2021 naquela cidade japonesa, devido à pandemia do novo coronavírus. OC
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