Enquanto cresce a onda de contestação que exige o seu afastamento da direcção máxima da federação, Alberto Simango Júnior respira tranquilamente. Quando não, transpira uma calma incomum para quem se movimenta no interior de um profundo triângulo do drama.
Na sua primeira aparição depois do seu projecto desportivo coleccionar o enésimo desaire, desta vez contra o Madagáscar, o presidente da FMF-Federação Moçambicana de Futebol começou por pedir desculpas à nação por a ter chamado para a festa, mais uma, do insulto colectivo no Estádio Nacional do Zimpeto.

Disse ter feito de tudo para que os “Mambas” saíssem do Zimpeto com um triunfo que os colocasse na fase seguinte da eliminatória de acesso ao Campeonato Africano das Nações para Jogadores Internos, o CHAN2020 a ser disputado nos Camarões.
“Fizemos tudo o que podíamos fazer, motivando os jogadores, alojando-os em condições, dando-lhes tempo de treino, estágios…Tudo isso foi feito”, apontou Alberto Simango Júnior que, mesmo sereno, não conseguiu esconder a sua perplexidade pela fatalidade que o seu projecto desportivo conseguiu brindar o povo moçambicano na tarde de domingo, 04 de Agosto.
Adiante, o presidente da FMF insinuou que Moçambique partia para este jogo com uma relativa vantagem, na medida em que “mesmo a viagem do adversário para aqui aconteceu em situações muito difíceis para eles”, numa clara referência ao artigo que publicamos na tarde de sábado, 03 de Agosto, sobre as questões logísticas que forçaram a delegação malgaxe a viajar em dois grupos e em dias distintos a Maputo.

“Mas, mesmo assim, conseguiram vir para aqui marcar os dois golos que precisavam para passar a eliminatória”, concluiu Alberto Simango Júnior, que apesar de contestado sobretudo pela Onda Vermelha, uma claque por si apadrinhada, mostrou-se esperançoso no futuro risonho dos “Mambas”.
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